(Teixeira de Freitas/BA)
Com a realização do primeiro Seminário Câmaras Setoriais da Agropecuária Baiana e Crédito Assistido, na manhã de quarta-feira (17), em Teixeira de Freitas, a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri) inicia uma série de 150 eventos que serão realizados até o fim de 2014, com o objetivo de discutir, avaliar e definir estratégias para o desenvolvimento da agropecuária. O direcionamento, orientação e acompanhamento do Crédito Assistido, através da assistência técnica, será um dos pontos importantes discutidos nos seminários.
Ao abrir o evento, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles destacou a importância das cadeias produtivas para o desenvolvimento da agropecuária na Bahia. “Ao assumir o comando da Seagri, percebi a necessidade de criarmos espaços de diálogo com todos os elos da cadeia produtiva para evitar que as decisões pontuadas no planejamento não fossem desconsideradas, independente do gestor que esteja à frente da Seagri. Criamos 22 câmaras setoriais de cadeias produtivas consideradas estratégicas e o planejamento elaborado para 20 anos não é do governo, mas da sociedade”, destacou.
Salles ainda pontuou que o Crédito Assistido deve ser discutido com os produtores, pois dos 665 mil agricultores familiares baianos, 200 mil deles estavam inadimplentes em 2008. “Nosso objetivo é estruturar o acesso ao crédito para as diversas cadeias produtivas. Não queremos que essa situação de inadimplência continue, por isso vamos, com os bancos, direcionar, orientar e acompanhar o crédito”, disse.
O prefeito de Teixeira de Freitas, João Bosco, ressaltou o papel social que as instituições financeiras têm. “Os bancos sabem que precisam ajudar o produtor rural a melhorar sua vida, não apenas cobrar os financiamentos, mas prestar apoio técnico. Acredito que a articulação do governo, com as instituições financeiras, com a parte técnica, agricultor e produtor é o que promove o desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Também estava presente o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Raimundo Sampaio; o secretário municipal de Agricultura de Teixeira de Freitas, José Henrique; o sub-gerente de extensão da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Carlos Guilherme; o secretário executivo da Câmara Setorial da Borracha Natural, Jan Pryl, representantes do Sebrae, de associações, cooperativas, sindicatos e dos gerentes do Banco do Nordeste.
Os participantes do seminário assistiram, durante a manhã, palestra sobre o Programa Crédito Assistido e participaram de grupos de trabalho por cadeia produtiva (Borracha, Leite e Mandioca). Durante a tarde houveram mesas redondas e debates com destaque para o Programa Prodebon; viabilidade econômica para o cultivo da seringueira; linhas de crédito: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa de Financiamento à Conservação e Controle do Meio Ambiente (FNE Verde) e apresentação do Projeto Reniva – Rede de multiplicação e distribuição de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária, apoiada pela assistência técnica na transferência de tecnologias.
PRODEBON
O Programa de Desenvolvimento do Setor da Borracha Natural do Estado da Bahia (Prodebon), lançado em agosto de 2012, em Valença, tem o objetivo de sair da produção de 17,2 toneladas/ano para 146 mil toneladas; de 32.314 hectares plantados para mais 100 mil hectares com variedades melhoradas de seringueira nos próximos 20 anos; ampliar de 6,5 mil empregos para 34 mil, aumentar a produtividade de 800 kg/hectare para 1.460 kg/hectare.
Além disso, pretende eliminar a importação de borracha seca, que hoje representa 70% do consumo interno; aumentar a renda oriunda da produção dos atuais R$ 102 milhões/ano, para R$ 865 milhões/ano; ampliar a arrecadação de ICMS de R$ 18 milhões /ano, para R$ 163 milhões/ano, e chegar ao ano de 2040 com a Bahia autossuficiente na produção de borracha natural.
Fonte: Imprensa Seagri
Jornalista: Lívia Lemos/DRT 3461
Contato: (71) 3115-2794
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